prologue ݈݇-
— Olá meus amores, este pequeno capítulo serve para contextualizar a leitura da one shot em si. Espero de coração que gostem.
Boa leitura ♡
Verão de 2016.
Momo não sabia dizer qual foi o exato momento em que se apaixonou pela melhor amiga, tão pouco sabia explicar a intensidade daquele sentimento que só fazia crescer.
Foi em uma manhã aparentemente comum que a japonesa se encontrou imaginando-as como um casal bonito e feliz ao observar o sorriso de Dahyun enquanto falava algo sobre o qual ela não tinha conhecimento algum.
Seu coração acelerou e suas mãos começaram a suar quando, pela primeira vez, se deu conta da presença cativante de Dahyun. Da presença dela como mulher.
Momo havia tentado não olhar para ela, como se fosse o sol. Mas, como o sol, ela a viu mesmo sem olhar diretamente.
A japonesa já havia se declarado eventualmente mas ao levar em conta o alto nível de teor alcoólico no sangue da mesma, Dahyun apenas riu em descrença, achando adorável o modo como sua língua enrolava ao tentar pronunciar uma simples frase.
Depois daquela noite, não haviam mais tocado no assunto e seguiram como se realmente aquela confissão tivesse sido em decorrência, unicamente, do álcool.
Mas se a Kim ao menos soubesse que Momo havia bebido apenas porque queria tentar esquece-la...
Pensar que Dahyun retribuiria seus sentimentos em algum momento era uma fantasia bonita, contudo, não colocava expectativas nisso.
Ainda assim, sentiu a primeira rachadura se formar em seu coração ao vê-la beijando de maneira afoita o capitão do time de basquete.
Ele segurava firmemente na cintura delgada de Dahyun e puxava-a para mais perto sem qualquer delicadeza, enquanto uma música qualquer tocava ao fundo daquela festa idiota.
Ali, Momo percebeu que talvez gostasse de se torturar, já que não conseguia tirar os olhos daquela cena dolorosa. Queria correr para bem longe dali, mas seus pés continuavam firmes no chão e quando a dor pareceu insuportável demais, derramou a primeira lágrima, apenas naquele momento permitindo-se ir embora.
Não se preocupou em avisar suas amigas, apenas caminhou sem rumo, sentindo o vento gélido da noite bater contra seu rosto enquanto mais e mais lágrimas rolavam por suas bochechas.
Sabia que Dahyun a procuraria assim que chegasse em seu apartamento que, ironicamente, era bem ao lado do seu, por isso Momo passou aquela noite chorando sobre o colo de Nayeon, que a acolheu em sua casa sem pestanejar.
A mais velha não perguntou o que havia acontecido porque, ao olhar no fundo dos olhos da japonesa, percebeu que tudo o que ela precisava no momento era de um abraço apertado para aliviar a angústia, prometendo que estaria ali quando Momo decidisse falar.
Depois daquela fatídica festa, a amizade entre Momo e Dahyun não voltou a ser a mesma.
A japonesa procurava evitar qualquer tipo de contato com Dahyun, por mais que isso machucasse a ambas.
Conversavam de forma superficial e Momo nem mesmo conseguia a olhar nos olhos.
Pensava em si mesma como uma grande covarde, mas acreditava que seria mais fácil assim.
Embora se sentisse vazia, embora se arrastasse pelas horas e contasse os segundos para o fim de cada dia, pensava que apenas assim conseguiria esquecer a primeira garota que amou.
Seu peito ardia toda vez que encarava Dahyun de longe pelos corredores da faculdade e sentia uma enorme preocupação tomar conta de si ao notar a palidez excessiva que tomava conta de sua pele alva e as enormes olheiras escuras que contornavam seus olhos.
De vez em quando questionava Sana sobre o estado de Dahyun, mas esta nunca sabia exatamente o que dizer.
A resposta, no entanto, veio em uma tarde quente de sábado quando a Kim bateu em sua porta com os olhos repletos de lágrimas grossas e apenas uma frase foi capaz de estilhaçar seu coração completa e definitivamente.
─ eu...─ ela hesitou um pouco, olhando fixamente para o chão ─ eu estou grávida, Momo.
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